sexta-feira, 11 de março de 2011

Entre tantos e tantos iguais

Ele tem aquela típica cara de safado,daquelas que nos atraem.Cara daqueles que a gente gosta fácil,pelo súbito prazer de gostar de um canalha.Porque a gente sabe que o fogo esquenta,mas arrisca se queimar.Como se quisesse descobrir algum coração que vai além dos batimentos cardíacos.
Então dominar um canalha e esperar que ele vire testemunha de Jeová é a maior aventura da sua vida.
Daí de tão perfeito,o cara fica um saco.Acaba o cheiro de cigarro,a cerveja,o assunto,o desejo e quando você vê,acabou a relação.
Depois disso você vai procurar um outro canalha pra se apaixonar.Só pra ter do que reclamar,só pra se desafiar e ter vontade de vomitar todas as borboletas do estômago na cara dele.
Ser humano é um bicho estranho mesmo,contempla tanto a qualidade que se apaixona pelo defeito.

segunda-feira, 7 de março de 2011

# diário de um quase amor 09


Na vida,é normal que você se apaixone uma vez ou outra por quem simplesmente não se importa.E isso é tão normal quanto alguém deixar de se importar com o tempo.
Eu já guiei alguém no escuro e fui guiada também.Só não quero mais ser o pedaço mal resolvido da história.Aprendi que para tudo existe uma hora certa,inclusive a hora de parar e aprender a recuar para sempre.
Eu recuei.E isso doeu,doeu muito.Eu sangrei por dentro,mas não morri.
Às vezes,a gente não quer mais viver,mas de repente alguém diz que você precisa continuar,só pra saber o final da história.
De vez em quando as boas lembranças vão machucar mais que as lembranças ruins.Você vai se perguntar por quê,vai se sentir insuficiente e achar que tem alguma coisa muito errada com você.Até simplesmente descobrir que não tem.
Acontece que quem não se importa mais,um dia vai se importar,com você ou com alguém.Quando esse dia chegar,a pessoa vai recuar,vai sangrar,se indagar,queimar fotos e algum sentimento.E você,bom,um dia você se apaixona de novo,e de novo...e de novo,até aceitar que (como diria O Teatro Mágico) "cada sopro que apaga uma chama,reacende o que for pra ficar..."